Foi assim que o narrador Luís Roberto da Rede
Globo finalizou sua transmissão, ao falar do REBAIXAMENTO de VASCO e FLUMINENSE.
Em meio à confirmação da classificação do Atlético-PR para a Libertadores, com a impiedosa goleada por 5 a 1, dois capítulos trágicos do futebol brasileiro foram escritos neste domingo: a a briga generalizada de torcedores, que interrompeu o jogo em Joinville por uma hora e dez minutos, e o segundo rebaixamento do Vasco, que precisava vencer e sucumbiu à limitação técnica que assombrou o time ao longo do Campeonato Brasileiro. O artilheiro Ederson foi o herói da tarde, com três gols, e Marcelo e Paulo Baier completaram a grande exibição.
Um grupo do Furacão e outro de
cruz-maltinos protagonizaram cenas de selvageria, com trocas de socos e
pontapés. A polícia demorou a agir e, somente depois de alguns minutos do
início da confusão, alguns oficiais apareceram para conter o tumulto. Quatro
pessoas removidas pela equipe médica foram hospitalizadas, três delas em estado
grave, mas não correm risco de morte, segundo a direção do Hospital São José,
em Joinville.
A festa da torcida do Atlético-PR
com a provável classificação à Libertadores contrastava com o desespero devido
ao iminente rebaixamento do outro lado - agora bem separados e sob vigilância.
No gramado, para o Vasco, não havia esperança. Elétrico até o fim, Adilson
pingava de suor na luta para rearrumar seus comandados, resolveu trocar Marlone
por Tenorio, mas o máximo que obteve foi uma cabeça perigosa de Edmílson, aos
31. Nada para quem precisava de três gols. Estava completo um novo capítulo
sombrio da história do clube centenário.
Leve,
o Furacão não tinha nada a ver com isso e permanecia em busca de mais gols. Por
ironia, esbarrou em Alessandro, que fez três grandes defesas após as falhas
anteriores, sublinhadas por um campeonato inteiro sem um camisa 1 de confiança.
Mas não foi possível evitar mais um de Ederson, aos 36. A essa altura, poucos
torcedores vascaínos sobravam - e estes não acreditavam no destino. E o golpe
derradeiro saiu em seguida, também com o artilheiro Ederson, que fechou a
competição com 21 gols.
NÃO TEVE JEITO: FLUMINENSE VENCE O
BAHIA EM SALVADOR, MAS É REBAIXADO
Luto em verde, branco e grená: o
Fluminense jogará a Série B em 2014. A bola ainda rolava em Salvador para o
confronto com o Bahia quando chegou a notícia de que todo esforço seria em vão.
Com o apito final para São Paulo 0 x 1 Coritiba, em Itu, pouco importou a
vitória de virada por 2 a 1 na Fonte Nova - gols Samuel e Wagner, enquanto
Barbio abriu o placar. Pela primeira vez na história, um campeão brasileiro
está rebaixado no ano seguinte à conquista.
A queda remete o Fluminense ao
período mais triste de sua história, quando caiu por três anos seguidos - 1996
(permaneceria na elite, depois de virada de mesa), 97 e 98 - e chegou ao fundo
do poço na Série C. Desde então, com o retorno direto da Terceira para Primeira
Divisão, em 2000, o Tricolor conquistou dois títulos brasileiros e protagonizou
uma reação heróica em 2009, mas desta vez não foi possível. Com 46 pontos, a
Série B é o destino do 17º colocado na tabela de classificação. Fred, figura
maior do elenco carioca, torceu de um camarote, gritou e chorou com o fim
trágico de temporada.
“Estamos conscientes de que temos que nos reerguer. Rever o
que fizemos de errado, para não errar novamente. Ter a consciência de que a
Série B é muito difícil, complicadíssima. No ano que vem temos que entrar
claro, para vencer todos os campeonatos, mas principalmente para levar de novo
para a Série A” -
disse o goleiro Cavalieri.
O Bahia,
por sua vez, só queria saber de festejar. Já salvo da degola depois da vitória
sobre o campeão Cruzeiro, há uma semana, o time da Boa Terra viu o torcedor
lotar a Fonte Nova e tripudiar sobre o rival carioca. Com 48 pontos, o
Esquadrão de Aço termina a competição na 14ª posição.
“Partiu
Vascaindooo! Partiu Fluminense! 2014 terá um confronto carioca na Segundona!
Parabéns às duas equipes que conseguiram este feito!”
Tom
Sérgio, do Blog Jordão em Foco.
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