Antes
da votação da peça orçamentária, ocorrida na semana passada, um grupo de
deputados de oposição e da base chegou a colocar em jogo a votação do Orçamento
do Estado para 2014, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria
do deputado Luiz Tchê (PDT), que torna impositivo o pagamento das emendas
parlamentares não fosse votada. A PEC não entrou em pauta e de quebra os
deputados ainda levaram um puxão de orelha do governador do Acre, Sebastião
Viana.
Foi
em entrevista na manhã desta segunda-feira, no programa Cidade 05 (TV05 Band),
apresentado pelo jornalista Washington Aquino. Sebastião chegou a ironizar
Tchê, que ameaçou levar um vestido a Assembleia para dar de presente para o
deputado que votasse contra sua Proposta de Emenda à Constituição. Sebastião
Viana lembrou que o papel de um deputado não é executar e sim legislar e
fiscalizar.
“Essa
briga de anágua, de vestido, eu não vou me meter nela. Eu tenho gratidão a
todos os deputados que tratam com respeito o governo e que procuram defender o
interesse público. Tudo que eu pedi para os deputados, eles defenderam e
votaram com o governo. Todo o trabalho eu divido com essa base política séria e
responsável. Agora emenda positiva não é saudável. O deputado não é pra pegar o
dinheiro e administrar o dinheiro. Isso não é papel dele. Isso coisa de
governo, da prefeitura, da presidência da República. O deputado é pra
administrar no máximo financeiramente a gestão interna do seu Poder
Legislativo. O deputado é pra legislar, pra fiscalizar, pra promover um debate,
pra chamar a sociedade pra refletir, participar o ativismo social e é com isso
que ele cresce. Na hora que o deputado achar que com uma emenda de R$ 100 mil,
de R$ 200 mil vai ganhar algum voto, não vai! O governo tem um orçamento de R$
5 bilhões e eu não procuro ter voto em cima de uma ação ou outra. Eu procuro
ser responsável para que o dinheiro chegue bem na comunidade. Ai daquele
parlamento que quer se fazer presente na relação com a sociedade achando que é
uma emenda que vai eleger o parlamentar pra fazer um pedaço de rua, uma praça,
uma quadra de esporte, isso aí não é o papel do parlamento em nenhuma
democracia do mundo. Quem ta indo nesse caminho ta errando grosseiramente numa
visão de Estado, numa visão de desenvolvimento e numa visão política e de
ética. Quando ele quiser fazer política de execução, ele tem que ser eleito ao
Executivo. Ele pode fiscalizar, ele pode legislar, ele pode acompanhar. É essa
a relação da democracia. Agora o dinheiro que o governo tem, ele passa pelo
parlamento. Eu tenho muito orgulho dos deputados da base e que ajudam o
governo. Não tem um caso de pessoas desleais e desonestas na relação com o
governo, da base desse governo graças a Deus”,
completou.
Fonte:ac24horas
Tom
Sérgio, do Blog Jordão em Foco.
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