A população de Tarauacá no Estado do Acre, cidade
localizada há 400 km da capital Rio Branco, nesses últimos dias foi
surpreendida com a notícia da circulação numa rede social, de vídeos que
exibiam cenas de sexo explícito envolvendo garotas e um conhecido
“cinegrafista”.
A história é a seguinte: O sujeito levou as garotas
para um quarto de hotel, as convenceu de alguma maneira a terem relações
sexuais com ele e, com uma câmera escondida, gravou todas as cenas. Segundo as
meninas que aparecem nos dois primeiros vídeos, ele usava uma caneta espiã para
filmas as cenas de sexo.
Fala-se pela cidade que existem mais vídeos com
outras mulheres, o que está deixando muitas gente em pânico e a população
revoltada com o que está acontecendo. Na rede social Facebook as pessoas estão
se manifestando diariamente contra essa situação e clamam para que a justiça se
manifeste em relação ao caso.
O personagem principal do caso é Francisco
Guimarães Pereira, popularmente conhecido por Chiquinho, que
se apresenta sempre como Repórter Cinematográfico da Assessoria de Comunicação
do Governo do Acre, acusado de Gravar e distribuir os vídeos na cidade.
“Chiquinho” se apresenta também como repórter do R7 do Acre.
Outras personagens são as duas garotas que aparecem
nas cenas de sexo com Chiquinho e também sua ex-esposa, acusada por ele de
traição e de distribuir os vídeos na cidade.
Durante essa semana, o Blog do Accioly ouviu todos
os envolvidos para se certificar do caso e saber quais medidas estão tomando em
relação à exposição pública de suas vidas.
A
garota do primeiro vídeo,
que pediu para ser identificada apenas por “T”, ainda muito abalada, disse que
de fato teve uma relação sexual com Chiquinho há quase cinco anos quando ainda
era solteira. “T”, hoje casada, não quis entrar em detalhes, mas disse que já
contratou um advogado para cuidar do caso. “Quero que a justiça tome
providências e que esse canalha pague pela humilhação que está me fazendo
passar”, disse ela. “Tenho apoio do meu marido, da
minha família e vou até as últimas consequências para que ele pague por tudo
que está fazendo”, finalizou.
A
garota do segundo vídeo, que vamos
identifica-la por “M”, tem hoje 21 anos é oriunda de uma numerosa família da
cidade de Jordão, tem ensino médio. Também muito deprimida, disse que ficou
sabendo do vídeo que circulava na cidade por uma de suas irmãs e chegou a
pensar em cometer suicídio. “M” há cinco meses está noiva e tem apoio do seu
companheiro.
“De
fato isso aconteceu há cerca dois anos. Ele me procurava todos os dias
insistentemente dizendo que era solteiro, repórter famoso e que estava
apaixonado por mim. Então, aconteceu que fomos para um hotel da cidade, tivemos
relação sexual e no quarto em que estávamos havia apenas uma caneta. Eu nunca
imaginaria que aquilo fosse uma câmera de vídeo e que estava gravando tudo.
Depois disso ele me procurou outras vezes e com minha negativa dizia que se não
ficasse novamente com ele, iria me prejudicar. Fiquei sabendo do vídeo pela
minha irmã, entrei em pânico e pensei até em me suicidar. Chamei meu noivo
contei toda a história pra ele e recebi apoio total do mesmo", disse “M”.
Depois que ficou sabendo da notícia da circulação do
vídeo, “M”, que é de família pobre, procurou a Defensoria Pública para que o
defensor pudesse lhe orientar e lhe ajudar. "Na defensoria,
disseram-me que o defensor está viajando e que chegará logo. Quero processá-lo
e que ele seja responsabilizado perante a lei. Ele vai pagar por tudo que fez” disse
ela.
Francisco
Guimarães (CHIQUINHO), principal acusado
de gravar e espalhar os vídeos nega ser o autor das gravações e distribuição
dos vídeos e afirma que é vítima de uma armação de sua ex-mulher.
Ontem (23), Chiquinho foi à delegacia de polícia
procurar o Delegado Raimundo Odaci Guedes, para registrar uma queixa contra sua
ex companheira, acusando lhe de ser a autora da distribuição dos vídeos que
estão expondo sua intimidade. Segundo consta no boletim de ocorrência, Chiquinho
afirmou que se sente prejudicado, pois tem um nome a zelar. Por fim,
afirma que está sendo ameaçado de morte pela ex-esposa.
Na noite de ontem Chiquinho publicou a seguinte nota
de esclarecimento:
"Eu
Francisco Guimarães Pereira, Repórter Cinematográfico da ASSECOM - AC, Registro
Profissional – 1095, venho esclarecer a toda sociedade Taraucaense que, quanto
ao material, irresponsavelmente distribuído através da rede social WHATSAPP,
que compromete a minha dignidade moral e profissional, quero esclarecer que:
Esse material (vídeo) onde mostra minha intimidade pessoal com outras pessoas
foi publicado pela minha ex-esposa, como forma de vingança por não conformar-se
com a separação. Diante dos fatos, só tenho a lamentar pela atitude mesquinha e
covarde dela. E para que não restem dúvidas, segue em anexo o boletim de
ocorrência registrado na delegacia Geral de Polícia de Tarauacá. (Francisco
Guimarães Pereira).
M M
S, servidora pública é ex-mulher de Chiquinho e ao ser perguntada sobre essa confusão toda disse
que, assim como as duas garotas, ela é mais uma vítima de Chiquinho e que o
mesmo transformou sua vida num verdadeiro inferno. “Nunca imaginei
na vida passar por tudo que estou passando e é preciso ser uma mulher muito
forte para suportar essa carga toda”, disse ele.
MMS disse que seu drama começou quando ela tomou
conhecimento que seu marido a traia constantemente e decidiu largar dele. A
partir daí, comenta ela, que sua vida “virou de cabeça pra baixo”, pois ele não
aceitou a separação e passou a ameaça-la dizendo que iria acabar com a vida
dela, inclusive, disse que tem uma gravação em áudio em que ele diz que vai
mata-la.
MMS procurou a delegacia de polícia local para
denunciar o acusado por ameaçá-la e também por ter criado perfis falsos no Facebook
onde posta fotos dela e escreve textos humilhantes sobre sua pessoa. Depois de
algumas audiências a justiça decretou algumas medidas protetivas de
urgência.
Como continuaram as ameaças e sua exposição na
internet, no dia 8 de janeiro MMS, foi a Rio Branco procurar a Polícia
Federal. Relatar tudo que estava acontecendo para um delegado da PF,
denunciando o ex-companheiro, com que viveu cerca de 10 anos e pedindo medidas
de proteção. Segundo informações da própria MMS o delegado da PF remeteu o caso
ao Delegado Alex do Município de Feijó que está cuidando do caso.