Se
sentindo traída pelos deputados e pelo próprio SINTEAC, a professora Rosângela
Castro invadiu o plenário da Aleac, por volta de 22 horas, da noite desta
terça-feira (17), para impedir a votação projeto de lei que altera os
dispositivos da lei complementar estadual no 67, de 29 de junho de 1999, que
dispões sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos
profissionais de ensino.
À
tarde, os deputados teriam firmado acordo com os professores descontentes, de
não colocar a alteração do PCCR da categoria na pauta de votação até que o
governo do Acre promovesse algumas alterações em dispositivos da matéria.
Informações
de bastidores dão conta que a chefe de Casa Civil, Márcia Regina teria ligado e
ordenado que a base de governo colocasse o projeto em votação. Após a saída dos
educadores, os parlamentares chegaram a votar 15 projetos.
Ela
teria concordado com a proposta do governo e também concordou com a votação.
Com a concordância da representante dos professores, os deputados se preparavam
para votar a matéria, mas um grupo de professores retornou ao Poder Legislativo
e flagrou Rosana Nascimento dentro do plenário da Casa. Eles contestaram a
líder sindical. A professora Rosângela Castro disse que não sairia do plenário.
Se
iniciou um bate-boca que suspendeu a sessão. A confusão foi tão grande que o
diretor de Ensino da SEE, Josenir Calixto teve que voltar à Aleac, para explicar
novamente o projeto de lei do governo. Para Calixto, a alteração da lei
complementar estadual nº 67 – não significa que estaria sendo colocado o PCCR
dos professores em votação. Ele acrescenta ainda que a readequação não
significará perdas para os professores. Mesmo com as garantias do representante
da SEE, os membros do Movimento Acorda Educação contestaram a falta de diálogo
do governo na elaboração do projeto de alteração.
Para
eles, a proposta do governo do Acre não trás avanços ou ganhos reais para
categoria. Eles destacam ainda que nenhum dos pontos discutidos e aprovados em
assembleia foram incorporados ao projeto.
Depois
de todo imbróglio, o projeto foi aprovado por volta de 00h27m, de quarta-feira
(18), por 13 votos favoráveis. Um grupo de professores descontentes permaneceu
na galeria Marina Silva. Eles protestaram contra os deputados e contra a
presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, acusada de trair a categoria e fazer
articulações favoráveis ao governo.
Ray
Melo, da redação de ac24horas
TOM SÉRGIO, DO BLOG JORDÃO EM FOCO
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