terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

VERGONHA NACIONAL: ANDRÉ VARGAS, VICE-PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL, DIZ QUE GOSTARIA DE TER DADO COTOVELADA NO PRESIDENTE DO SUPREMO, JOAQUIM BARBOSA, NA REABERTURA DOS TRABALHOS DO CONGRESSO

 O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), ingressou nesta terça-feira (4) na Corregedoria com uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o vice-presidente da Casa, André Vargas (PT-PR), pelas provocações do petista ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, durante a sessão de ontem de reabertura dos trabalhos do Congresso.
Um dos principais críticos do julgamento do mensalão, Vargas repetiu por diversas vezes, no plenário da Câmara, o gesto de erguer o punho cerrado, que foi adotado pelo ex-presidente do PT José Genoíno e o ex-ministro José Dirceu no momento de suas prisões. O petista estava sentado ao lado de Barbosa na mesa da cerimônia.
Em uma troca de mensagens pelo celular revelada hoje pelo o jornal "O Estado de S. Paulo", Vargas ainda sugeriu que gostaria de dar "uma cotovelada" no ministro. A mensagem foi confirmada pela assessoria do petista à Folha.
Vargas ainda tentou fazer um 'selfie' – tirar foto de si mesmo – enquadrando Barbosa ao lado e fez vídeos durante a cerimônia. O PSDB argumenta que Vargas feriu o Código de Ética da Câmara que determina "tratar com respeito e independência os colegas, as autoridades, os servidores da Casa e os cidadãos com os quais mantenha contato no exercício da atividade parlamentar, não prescindindo de igual tratamento".
"Fiquei estarrecido, chocado. Foi inacreditável. Nós estamos estudando ainda a representação para não fazer nada precipitado, mas vamos representar", disse Imbassahy à Folha. "Foi um gesto provocativo jamais visto. Ele não estava ali apenas como deputado, mas estava como vice-presidente da Câmara, representando a instituição. Além do gesto [punho cerrado erguido], que fica no simbolismo, teve essa troca de mensagem insinuando a cotovelada. Inaceitável essa postura depõe contra o Congresso", completou.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não ter uma avaliação sobre uma representação contra Vargas ter potencial para avançar na Casa. "Foi um gesto pessoal dele, uma manifestação pessoal e não tenho esse julgamento não", disse. Alves disse que não percebeu a atitude do colega durante a cerimônia. "Só fui ver hoje pelos jornais. Estava de lado, não percebi", afirmou.
REAÇÃO
Ao deixar o evento, Barbosa limitou-se a dizer que não prestou atenção ao gesto. A Folha apurou que ministros do STF analisam se há necessidade de uma reação ao gesto do petista. Uma das possibilidades seria uma nota institucional. Mas a ideia enfrenta resistência pelo tema ser considerado extremamente delicado.
A avaliação de dois ministros do Supremo ouvidos pela reportagem é que o PT tem deflagrado uma campanha para politizar o resultado do julgamento numa tentativa de evitar um eventual impacto das prisões nas eleições de outubro. O receio dos ministros é de que uma resposta institucional do Supremo dê fôlego a estratégia do PT.
Ministros que falaram à Folha sob anonimato disseram ainda que as provocações petistas são motivadas especialmente pelo temperamento explosivo do ministro, que protagonizou diversos bate-bocas com o ministro Ricardo Lewandowski durante o julgamento do Supremo, além de ter embates com associações de magistrados e ter acusado advogados e juízes de conluio.
O próprio Barbosa já deflagrou ataques ao Congresso. O presidente do Supremo no ano passado, durante palestras para estudantes, disse que o país tinha partidos de "mentirinha" e que o Congresso Nacional é "ineficiente" e "inteiramente dominado pelo Poder Executivo". 

Por: Sérgio Lima- Folhapress


Um comentário:

  1. São uns safados esses caras do PT, alem de roubarem ainda fica defendendo os ladrões do auto escalão.

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