O
governador Sebastião Viana acaba de anunciar, em entrevista na Casa Civil, que
deve decretar estado de emergência no Acre por causa do iminente risco de
desabastecimento no estado, ocasionado pela cheia do rio Madeira, que inunda
parte do trecho da BR-364, sentido Rondônia/Acre. A rodovia deve ser totalmente
interditada ainda nesta quarta-feira pela Polícia Rodoviária Federal.
Na
manhã de hoje, o rio Madeira, em Porto Velho, marca 18.53m e de acordo com os
institutos de meteorologia e a Defesa Civil pode ultrapassar os 19.10m nos
próximos dias.
Em
Porto Velho e cidades do interior de Rondônia milhares de pessoas estão
desabrigadas. No
Acre pode faltar nos próximos dias cimento, combustíveis, gás de cozinha,
produtos farmacêuticos e até cerveja, entre outros produtos.
“Estamos
nos esforçando, buscando alternativas para evitar o desabastecimento”,
disse o governador.
Uma
das alternativas é o transporte aéreo de produtos em aviões da Força Aérea
Brasileira. Três voos desses estão marcados para chegar ainda hoje a capital do
Acre com gêneros alimentícios e produtos farmacêuticos.
SAÍDA PARA DESABASTECIMENTO PODE SER
PELO PACÍFICO
Uma
nova saída para não deixar os acrianos a mercê da própria sorte foi exposta
nesta quarta-feira, 26, no senado. Para evitar o risco de desabastecimento, a
presidenta Dilma Rousseff e o governador Sebastião Viana estudam, por exemplo,
levar produtos de subsistência pelo Peru.
O
senador Jorge Viana (PT-AC) discutiu a possibilidade em Brasília. “A
presidenta Dilma ligou varias vezes para o governador Tião Viana e está se
pensando todas as alternativas, inclusive de se fazer o abastecimento do Acre
pelo Peru. Porque nós tínhamos construído a estrada do pacifico e agora ela
pode ser útil para isso”, afirmou Viana no programa “Conexão Senado”,
da Rádio Senado.
O
risco de isolamento existe porque as águas estão invadindo a BR-364, única
ligação terrestre do Acre com o restante do País. Em alguns pontos da estrada
há uma lâmina d’água de 80 centímetro, por essa razão a Polícia Rodoviária
Federal proibiu, por segurança, o tráfego de veículos à noite; e durante o dia
apenas alguns caminhões (exceto os do tipo cegonha) estão liberados. “Só
está passando caminhões com produtos perecíveis. E são 20 caminhões no máximo a
cada hora em determinados horários do dia”, informou o senador petista.
O
Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) está monitorando a cada 15 minutos o
nível de água do Rio Madeira, que está mais de 18 metros acima do leito normal.
Segundo o SIPAM, que acompanha o rio desde 1967, esta já é a maior cheia da
história, embora a previsão seja de que as águas do rio Madeira continuarão a
subir até o fim da primeira quinzena de março. Apenas ontem, destacou Jorge
Viana, houve uma elevação de 5 centímetros do nível de água na região dos
municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, em Rondônia.
Fonte:ac24horas
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