Maracanã e Hernane têm uma relação muito
íntima. É como uma atração incontrolável. A bola parece ter um ímã que a faz
procurar a chuteira do atacante. E, mesmo que ela pare na perna que não é a
boa, que o chute saia mascado, ou mesmo venha pelo alto, não tem jeito: a rede
balança. Com o pé esquerdo e de cabeça, o Brocador fez três gols - ainda sofreu
o pênalti convertido por Léo Moura - na vitória por 4 a 0 do Flamengo sobre o
Botafogo na noite desta quarta-feira.
Em uma das comemorações, o atacante fez um
sinal como se jogasse o coração para a torcida. Os rubro-negros, que formaram a
grande maioria no estádio, agradecem: o time está classificado para a semifinal
da Copa do Brasil. Como a partida de ida terminou 1 a 1, qualquer vitória
garantiria a vaga neste que foi o primeiro encontro dos rivais na competição nacional.
O Flamengo foi superior e soube explorar bem as
jogadas pelo lado esquerdo de seu ataque, principalmente com Paulinho. Contou
com a sorte no primeiro gol, é verdade, mas taticamente foi melhor diante de
50.505 pagantes (59.848 presentes). O último gol coube a Léo Moura,
aniversariante do dia (35 anos).
- Eu conversei com o Léo. Os meninos pediram para
eu bater, mas peguei a bola para dar de presente para ele. Para quem não
acreditava no Hernane, graças a Deus estou dando alegria para essa torcida. Vou
trabalhar para ser sempre decisivo. Meu sentimento, não sei explicar. Sei que
minha mãe está muito feliz, porque liguei para ela, e falou para ter calma, que
eu seria decisivo. Passei minha meta, que era de 30 gols no ano - afirmou Hernane, autor de 31 gols em 2013, maior
número do futebol brasileiro, empatado com Magno Alves, do Ceará.
Os alvinegros, na saída de campo, tentavam explicar a derrota. - Ninguém esperava esse placar elástico, não fizemos um jogo para tomar de 4 a 0. “Vínhamos jogando bem, mas depois do primeiro gol o time não se encontrou. Foi contra-ataque em cima de contra-ataque, e eles aproveitaram as oportunidades” - disse Jefferson. O Fla fará em casa o jogo de volta da semifinal, contra o time que se classificar do confronto entre Vasco e Goiás.
O nervosismo tomou conta dos alvinegros. Na arquibancada alguns torcedores começaram a deixar o estádio. E os que ficaram ouviam um sonoro “olé” vindo do lado rubro-negro. Taticamente dava sinais de desorganização. Existia um buraco, bem aproveitado quando Carlos Eduardo tocou na frente para Hernane. Tinha tudo para ser o seu quarto gol, mas Dória o empurrou na área, cometeu o pênalti e foi expulso. De presente, o Brocador entregou a bola para Leonardo Moura cobrar e fazer o quarto.
Os botafoguenses que antes acreditavam começaram a ir embora com 27 minutos. O som vindo do outro lado era cada vez mais provocador. Sem muito o que fazer, o time alvinegro passou a esperar o Flamengo para ter a posse no momento certo, pois a inferioridade numérica e ausência de um zagueiro (e com apenas um volante) pediam cautela. Enquanto isso, os rubro-negros pediam: “mais um, mais um”. O gol não saiu, mas a noite estava completa para eles. Teve até parabéns para Léo Moura quando o árbitro apitou o fim da partida.
Com informações do site: GLOBOESPORTE.COM
Tom Sérgio, do Blog Jordão em Foco.
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