Na análise dos documentos, a Polícia Federal
constatou que desses 41 inscritos, 29 foram representados por advogados ou
despachantes que fizeram a inscrição dos supostos médicos.
A Polícia Federal deflagrou na manhã de SEXTA (18)
operação contra um esquema de fraude na emissão de diplomas falsos de medicina
que eram revalidados para o exercício ilegal da profissão no Brasil.
Durante a Operação Esculápio – em referência ao
deus da medicina e da cura na mitologia greco-romana, foram expedidos 41
mandados de busca e apreensão pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal em Mato
Grosso. Os mandados estão sendo cumpridos em 14 estados – Mato Grosso, Acre,
Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba,
Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início
depois que a Universidade Federal de Mato Grosso entrou em contato com
universidades bolivianas (Universidad Nacional Ecológica, Universidad Técnico
Privada Cosmos e Universidad Mayor de San Simon), que confirmaram que entre os
inscritos no programa de revalidação, 41 nunca foram alunos ou não concluíram a
graduação nessas instituições.
Na análise dos documentos, a Polícia Federal
constatou que desses 41 inscritos, 29 foram representados por advogados ou
despachantes que fizeram a inscrição dos supostos médicos. Ainda de acordo com
a PF, os acusados vão ser intimados a prestar esclarecimentos e poderão ser
responsabilizados pelos crimes de uso de documento falso e falsidade
ideológica.Perguntado sobre a operação, após participar do programa Bom Dia,
Ministro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse não ter conhecimento da
operação, mas considerou positiva qualquer atitude para coibir fraudes.
"Uma ação como essa é muito bem-vinda", frisou.
"Quando o ministério recebe a documentação do
Mais Médicos, ele repassa a lista para a Polícia Federal para que ela faça
algum tipo de checagem e não só da documentação, mas dos antecedentes das
pessoas que procuram se inscrever. Essa checagem feita pela Polícia Federal e
também uma operação como essa podem contribuir fortemente para que não exista
qualquer tipo de fraude ou tentativa de inscrição no programa de profissionais
que não seja médicos. Estamos sendo muito rigorosos", acrescentou o
ministro.
FONTE: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário