Desde
o dia em que a situação da enchente do rio Madeira se agravou no Acre (24 de
fevereiro deste ano), quando a Polícia Rodoviária Federal e o DNIT resolveram
pela primeira vez interditar a BR-364 para o tráfego de veículos pequenos, por
causa da inundação de um grande trecho no distrito de Jaci-Paraná, em Porto
Velho, Sebastião Viana resolveu agir e isso tem feito de forma incansável.
Acordando às 5 da manhã e dormindo após às 23 horas, Sebastião Viana é o que se
pode chamar de um homem determinado. Nesses 35 dias de crise, a situação
no Acre só não é pior ainda mais porque o governador petista tem tomado medidas
emergenciais para tentar manter abastecido o estado com produtos de primeira
necessidade.
Ao
ver o tamanho do problema, a primeira medida foi estabelecer um rápido
planejamento com a participação de empresários locais e a Defesa Civil em
constantes reuniões na chamada sala de situação, na Casa Civil. Assim que
surgiu o risco iminente da falta de combustíveis há quase um mês, Sebastião
Viana tratou de entrar em contato com a Petrobrás para liberar a distribuição
de diesel e gasolina pelas centrais de Porto Velho-RO e Manaus-AM, via Purus
(Porto Acre) e rio Juruá (via Cruzeiro do Sul). E ainda abriu as negociações
com o governo peruano para a aquisição de produtos hortifrúti e cimento.
Sebastião
também pensou em alternativas. Os voos da FAB com alimentos e
hortifrutigranjeiros para os supermercados, e medicamentos para as unidades de
Saúde tem sido priorizados no transporte aéreo. O problema do gás foi resolvido
rapidamente através do transporte por balsas de 450 toneladas do produto, cada
uma.
Apesar
das críticas que se ouvem no meio da população, que provavelmente desconhece o
esforço concentrado de Sebastião e sua equipe, as medidas e ações tomadas pelo
governador do Acre neste período de crise, têm sido elogiadas pelos
empresários. “Ele tem trabalhado muito para diminuir o impacto do racionamento”,
diz o presidente da Associação Comercial
do Acre, Jurilande Aragão, que integra a sala de situação desde o começo da
crise.
Um
dos exemplos mais citados pelos empresários de diferentes ramos foi a
disposição que o governo teve em mandar ao trecho alagado da BR-364, em
Jaci-Paraná e Nova Mutum, equipes do DERACRE e Defesa Civil para trabalhar na
implantação de uma estrutura temporária para o atracamento de balsas que
passaram a atravessar toda a área inundada da rodovia carregadas de caminhões
com produtos.
Perguntado
por ac24horas, sobre sua rotina de vida nesses últimos 35 dias, se
perdeu peso e tem dormido menos, qual o principal problema enfrentado neste
momento e se busca refúgio espiritual diante da crise, Sebastião Viana disse
que seu ritmo de trabalho é sempre o mesmo independente de enchente.
“Acordo
antes da cinco, trabalho até às 21 horas com ou sem enchente. Durmo menos de
quatro horas ao dia, sempre… Tenho alegria e entusiasmo com a vida todo dia”.
Segundo
Sebastião Viana, o maior desafio será recuperar as perdas econômicas de mais de
200 milhões ocasionados pelo isolamento. E sobre a perda de peso, o que é
evidente nesses últimos dias, o governador diz que não tem a ver com a crise.
Ele tem frequentado a academia e quando pode caminha no Parque Tucumã. “Academia.
Quero perder mais”, diz.
Para
o governador, os inúmeros problemas são compensados pelo apoio religioso e das
pessoas com ou sem religião.
Com informações do ac24horas.
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