Inusitado,
surreal, impensável. Assim classificou o fato quem dele fez parte como vítima.
O funcionário público e morador de Boca do Acre, Francisco Pinto Camurça, 45
anos, foi à capital acriana, no dia 10 de outubro e depois de realizar todas as
atividades foi até o Via Verde Shopping, em Rio Branco-Ac, mais especificamente
à praça de alimentação para jantar. Camurça estava acompanhado da esposa e de
amigos.
Depois que os pratos pedidos chegaram à mesa, Camurça foi o último a iniciar a
refeição, pelo fato de estar entretido com notícias as respeito da
credibilidade dos institutos de pesquisas no estado do Acre. Assim que
finalizou a sua leitura, não foram necessárias várias garfadas para encontrar o
inseto em meio à comida. Quando ia ingerir a segunda porção, Camurça avistou a
barata morta em seu prato.
O fato deixou o funcionário público surpreso negativamente, por se tratar de um
ambiente requintado e que a higiene não seria motivo de preocupação.
Entretanto, lá estava o inseto, desfalecido sobre o prato, servido junto com a
comida e, por uma questão de detalhe não foi mordiscado por Camurça.
Ao tomar ciência de que uma barata estava em seu prato, na praça de alimentação
do maior shopping do estado do Acre, Camurça não teve dúvidas ao participar o
fato para a gerência do restaurante Saborear. A gerente ficou em pânico e pediu
que Camurça não levasse o fato adiante, o que evitaria a sua demissão. O fato
então foi levado ao conhecimento da gerência do shopping, que se reuniu a
portas fechadas para apurar o caso.
Para Camurça, a gerência explicou que o shopping estava passando por um surto
de baratas, e recentemente havia passado por um processo de dedetização.
Camurça avisou a administração do estabelecimento que iria entrar com um
processo judicial contra o Via Verde Shopping. Camurça também ouviu dos
responsáveis pelo shopping e pela gerência do restaurante que dentro de muito
em breve eles fariam contato para que o caso tivesse o devido ajustamento e o
fato não se tornasse público e também não fosse parar nas barras da justiça.
Camurça disse ainda que o restaurante deu-lhe 20% de desconto no valor da
janta, como forma de agrado.
Entretanto, de acordo com Camurça, até a noite de domingo (12), ninguém do
shopping e do restaurante fez contato com ele. “Fui informado por uma das
funcionárias da administração do Via Verde Shopping, que no
dia seguinte haveria uma reunião para discutir o fato e entrariam em contato
comigo para se retratarem a respeito do fato, mas até o presente momento não
houve esse contato, ou seja, faltou respeito com o consumidor diante de uma
situação escabrosa, e que foge à minha compreensão por se tratar de um local
acima de qualquer suspeita”, disse.
“Não estou interessado em importâncias financeiras ao repercutir esse fato, me
preocupo com a saúde das pessoas que frequentam o shopping, especialmente a
praça de alimentação. É bom que as autoridades sanitárias do estado do Acre,
vejam essa questão por se tratar de saúde pública”, finalizou Camurça.
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