Em Cruzeiro do Sul, o número de casos confirmados de dengue já ultrapassam 17 mil. De acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, 25.730 pessoas foram notificadas desde fevereiro deste ano, sendo que 17.570 casos foram confirmados. Apesar de o número de casos por semana ainda ser elevado, a secretária Lucila Brunetta identifica uma redução nas últimas duas semanas.
"Diminuímos 500 casos por semana, mas essa redução ainda é pouca para o nível de infestação, que é 4.5, sendo que já chegamos a ter uma infestação de 6.5. O ideal seria que tivéssemos uma infestação de 1.5, com cerca de 50 casos por semana", afirma.
Em média, são registrados aproximadamente 1.500 casos por semana. Desde agosto, o município sofre com a epidemia de dengue. Para a secretária, é necessário que a população ajude a combater a dengue. "Por mais que a gente faça educação em Saúde, com pessoas trabalhando para combater a dengue, enquanto as pessoas não nos ajudarem, cuidando de seus quintais e suas casas, não venceremos", alerta a gestora.
Área alagada
No bairro Miritizal, segundo distrito da cidade, uma área baixa e com a chegada do período de chuva, águas ficam acumuladas embaixo das residências. Isso vem preocupando os moradores da região, como Margarida Xavier da Silva, 42 anos, que mora em uma casa com mais 10 pessoas.
Com muita água ao redor da casa, ela não sabe como resolver o problema. "Todo dia a gente se esforça para não acumular água, mas ela continua vindo", diz.
Lucilene Lima Pereira, 32 anos, também é moradora do bairro, tem 7 filhos e está na mesma situação. De acordo com ela, vários vizinhos já pegaram a doença e teme pela Saúde dos filhos. "Aqui perto de casa é tudo alagado, então eu já estou com medo", afirma.
Confira os sintomas da Dengue
O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias, e o intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É só depois desse período que os sintomas aparecem. Geralmente os sintomas se manifestam a partir do 3° dia depois da picada do mosquitos. |
Dengue Clássica
Febre alta com início súbito.Forte dor de cabeça.
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.
Perda do paladar e apetite.
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
Náuseas e vômitos·
Tonturas.
Extremo cansaço.
Moleza e dor no corpo.
Muitas dores nos ossos e articulações.
Dengue hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:
Dores abdominais fortes e contínuas.Vômitos persistentes.
Pele pálida, fria e úmida.
Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.
Manchas vermelhas na pele.
Sonolência, agitação e confusão mental.
Sede excessiva e boca seca.
Pulso rápido e fraco.
Dificuldade respiratória.
Perda de consciência.
Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.
O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
Arte G1
É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.
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